Coordenador da ocupação “17 de dezembro” e do Luta Popular Sergipe é
alvo de ameaças.
O integrante do Movimento
Luta Popular Adagilson, que é coordenador da ocupação 17 de Dezembro, no Bairro
Santa Maria, sofreu uma ameaça no último sábado (23) de um policial da Força
Nacional. Abordado num posto de gasolina, foi acusado arbitrariamente de estar
praticando roubos na região. Além de ameaçar apreender o carro, o policial
disse “se eu encontrar você por aí, vou apreender seu carro e você vai ver o
que vai acontecer com você”. Além desse fato, dois carros
também têm sido vistos rondando a ocupação, que recentemente foi alvo de uma
ordem de reintegração de posse, mas que acabou sendo suspensa após mobilização
dos moradores.
Antes de Barriga ser
executado, também foram vistos carros, um de cor prata e outro preto, rondando
sua casa. Há relatos de lideranças de outras ocupações, como a Terra Prometida,
também sobre carros rondando e vigiando ativistas.
A ocupação 17 de Dezembro
está localizada numa área da União, onde o governo do estado diz que pretende
construir um conjunto habitacional. Após organizar a resistência e realizar
manifestações, os moradores conseguiram negociar com o governo, que se
comprometeu em garantir auxílio-moradia a todas as famílias e dar prioridade
nas casas que eles prometeram construir no local.
Adagilson é mestre de obra
desempregado, casado e tem quatro filhos. Assim como Barriga, e outros
ativistas sociais, o companheiro está na luta pelo direito à moradia e por
condições dignas de vida.
A CSP-Conlutas Sergipe faz a
denúncia pública dessas ameaças, pois não podemos aceitar que mais um
trabalhador e lutador social tenha a vida em risco. Basta de criminalização das
lutas e morte de trabalhadores!
Exigimos das autoridades
responsáveis que o caso de Barriga seja solucionado urgentemente, com a prisão
e punição dos assassinos e mandantes, bem como sejam investigadas as ameaças e
tentativas de intimidação ao companheiro Adagilson.
Com informações
CSP-Conlutas Sergipe